Olhe para mim. O que você vê? Uma garota na qual sorri, faz brincadeiras com os amigos, que parece não ter problemas, certo? Errado. Posso apenas aparentar isso, mas a verdade é que no decair da noite, enquanto todos dormem na silenciosa madrugada, onde ninguém pode ouvir meus sussurros, ver minhas lágrimas, sentir a minha dor … Eu choro, eu imploro que essa dor seja breve, eu inundo meu travesseiro de lágrimas nas quais contém sentimentos que você jamais se importou. Eu me entrego a essa força, essa força que me puxa para a escuridão. Eu não sou tão forte assim, durante o dia eu seguro tudo, mas a noite não me deixa ser forte, eu preciso de um momento de verdade. As minhas verdades, aquelas verdades que escondo atrás de um sorriso lindo. Aquelas verdades que todos desconhecem, mas que eu conheço muito bem, bem até demais. As aparências enganam … Nunca acreditei tanto nessa frase como acredito agora. ”Está tudo bem”, risadas, abraços, sorrisos … Tudo automático, tudo sem pensar, rotina. É estranho se sentir duas, duas pessoas. Estranho colocar e tirar essa máscara invisível. É estranho trocar sua personalidade, mudar seu humor, colocar outra aparência. É estranho estar escondida e ao mesmo tempo, tão amostra. É doloroso saber que as pessoas não leem seus olhos, mas acreditam em seus sorrisos. É dolorosa essa sensação, porém necessária. Antes fingir felicidade, do que repetir mil vezes a dor. Eu creio que vou conseguir, realmente, ser o que aparento. Mas por enquanto, aparento apenas o que quero ser. Eu acredito, luto com a dor em meu peito, me sufoco mas respiro. Eu sei que vou ser feliz, mas sei que não é agora. Eu olho a tempestade, involuntariamente eu sorrio. Eu não acho aquelas gotas bonitas, mas eu amo saber que depois dela virá um arco-íris e saber que o Sol volta toda manhã. Motivos eu não tenho, mas força sim, eu sei disso.